Numa palavra: não.
Esta conversa já me surgiu em diversas ocasiões e voltou a despontar numa thread na mailing list do PTJUG, e confesso que tenho alguma dificuldade em compreender a enorme resistência que imensos programadores apresentam em apren
der e utilizar javascript. Isto é, baterem código mesmo em javascript sem usar frameworks que gerem o código todo – e.g. GWT, ou helpers de php, ruby, etc. -, mas usando obviamente bibliotecas como o prototype, jquery, etc.
Javascript é uma linguagem dinâmica, weakly typed e prototipada. Logo aqui, há diferenças para as linguagens que a maioria usa: C#, Java (statically generic cialis no prescription e strongly typed) e python (dynamically mas strongly typed). O modelo de prototipagem é um pouco diferente do modelo de classes para definição de objectos, por isso percebo que possa introduzir confusão ou pelo menos dar origem a um novo processo de aprendizagem.
Mas não é assim tão complicado como isso…
Razões para usar javascript directamente, não ter medo e assumi-lo com orgulho
- Desenvolvimento web = (X)HTML + CSS + Javascript + linguagem_server_side
- jsFUD
- Javascript não é só web
- JSON
- Abrir horizontes
Quer sejamos programadores java ou de uma outra tecnologia web, a probabilidade de termos de usar ou gerar html, css e javascript é muito elevada. Podemos inclusivamente usar geradores mas como facilitadores e não por sermos incapazes de produzir código de qualidade numa linguagem dinâmica ou, pelo menos, compreender o código que estamos a gerar. Devemos poder mudar de linguagem e continuar a dominar a parte de interface web, apenas tendo de aprender conceitos da outra linguagem/plataforma.
Durante muito tempo, javascript foi muito pouco estudado e visto como uma linguagem de scripting básica que permitia escrever umas linhas de código. Não havia propriamente estruturação de código e muita gente entende que programar javascript é isso. É um pouco como aquelas aplicações java de alunos de primeiro ano que metem 2000 linhas de código num só ficheiro ao monte.
Hoje em dia javascript não é isso, é uma linguagem madura, os problemas de interoperabilidade entre browsers são mitigados com as novas bibliotecas, estão a ser preparadas virtual machines (compilação JIT incluída) que melhorarão imenso a performance de código no browser, há uma proposta de uma nova versão da linguagem (resumo da nova especificação) com possibilidades de verificação de tipos estática e outras features que fazem dela uma linguagem muito mais parecida com algo tipo java (ActionScript é a coisa mais parecida actualmente).
Nos últimos meses tenho desenvolvido aplicações com a suite de BPM Teamworks da Lombardi que utiliza javascript como linguagem de programação para as actividades dos BPMs. A utilização de javascript nestes moldes ou, melhor ainda, como linguagem para desenvolver plugins ou algo semelhante para aplicações, tirando partido das suas propriedades dinâmicas é altamente refrescante. Basta usar os jars que a Mozilla fornece com a implementação do projecto Rhino.
Poder estar a programar e definir as minhas estruturas de dados em formato JSON é magnífico. É menos verboso, simples e escrevo muito menos new’s.
Last but not least, não devemos ter receio de linguagens dinâmicas. Um programador java tem um trabalho confortável e laborioso: estamos protegidos com verificações estáticas em tempo de compilação, checked exceptions e outras demais coisas o que nos dá segurança e permite apanhar erros cedo; por outro lado, tudo isto nos dá mais trabalho sem muitas vezes nos garantir qualidade do software (para isso preferiria ter contratos estritos definidos entre os componentes com verificações em tempo de compilação e runtime, o que seria demais para a maioria nos sistemas).
Trata-se pois, de uma questão de encontrar a chave de fendas que funcione melhor com o parafuso. Sejam linguagens dinâmicas ou não, o que interessa é a que produza melhor resultado final e isso pode nem sequer depender da linguagem mas de outros factores externos como a equipa, o tipo de requisitos, etc.
Em termos de resumo, coisas como o GWT são excelentes paradigmas mas não se deve perder de vista o que se passa debaixo do capô. Experimentem desenvolver uma aplicação em javascript para testar o poder da linguagem. Repito, uma aplicação, não um bloco de script.
De acordo. O Javascript é uma linguagem fabulosa e livrarias como o Prototype, o JQuery, o YUI (Yahoo! User Interface library) ou o mesmo o fantástico (mas gordo) ExtJS já fazem um excelente trabalho a isolar o programador da maioria das diferenças entre os browsers suportados.
…mas mesmo assim o GWT começa a despertar-me uma curiosidade terrível, até pelas aplicações web que tenho visto desenvolvidas com o mesmo.
Tenho mesmo de ver a apresentação do Hugo.
PJG
E não digo nada em contrário. O que para mim é importante é que se saiba o que dizes no teu primeiro parágrafo antes de mexeres com o que dizes no teu segundo
Tenho também bastante expectativa em relação à apresentação do Hugo – é mesmo só para lhe por pressão em cima – e penso que o GWT é uma solução bastante interessante. Mas também devem haver razões para o próprio Google não a usar assim tanto nos seus produtos (pelo que sei).
Particularmente acho javascript uma linguagem fantastica